segunda-feira, 1 de setembro de 2008

MEU PADRASTO PARTE FINAL

cajr30_al@hotmail.com

Lembro de ter acordado assustado e com o dia já claro. Meu padrasto não estava na cama. Alívio. Tentando recuperar o juízo, ainda pensei ter sido tudo um sonho, mas vi o lençol azul celeste sujo por respingos ressecados de esperma e senti o cheiro de porra pelo quarto. Sentei na cama. Aos poucos fui recobrando a memória lembrando dos pormenores, dos sórdidos pormenores, além de sentir meu cu arder um pouco. Como eu pude permitir que ele fizesse aquilo comigo? Mas eu tentei impedi-lo, tentei. Levei as mãos à cabeça como se tentasse “arrancar” aquelas lembranças, mas não consegui. Levantei e fui tomar banho. A água fria ajudou-me a relaxar um pouco. Meu corpo estava quase todo dolorido, eu sentia meu ânus diferente. Levei um susto ao ver seu vulto na porta. Ainda molhado pelo banho, Felipe estava enrolado numa toalha, com semblante sério. Eu apenas baixei a cabeça. Senti-me ruborizado de vergonha. Desliguei o chuveiro e meu padrasto disse que precisávamos conversar. Eu disse não querer conversa com ele e esquecesse o ocorrido na noite, pois seria o melhor. Pedi licença e passei por ele que segurou no meu braço.-Que foi? Vai me estuprar de novo, seu filho da puta? Não aperte, estou todo dolorido.-Olha! Eu sei que errei feio à noite, mas eu não conseguia mais me controlar. Eu precisei ficar bêbado para permitir-me liberar meus sentimentos...-O que? Sentimentos? Você chama um estupro de sentimento? Eu já sabia que você é um canalha, mas não a esse ponto, cara. – Respondi gritando e soltando meu braço de supetão.-Mas ao que me lembro você também gostou...-Saia daqui, porra! – Nem deixei que ele terminasse.O cara morreu com aquele grito que soltei. Tentou explicar-se, mas eu não permiti. Eu estava furioso, mas foi quando lembrei que eu realmente havia gostado, eu havia gozado duas vezes na noite, a gente havia se beijado de língua. Os flashes voltaram. Ai! Eu não queria mais lembrar daquilo. Pedi que ele saísse do meu quarto e da minha vida. Não tendo mais argumentos, meu padrasto saiu inconsolado e cabisbaixo. Passei todo o dia no quarto. Felipe ainda perguntou se queria almoçar, mas eu não sentia fome. Relutava em aceitar que ele havia feito aquilo comigo. Chorei muito. Acabei dormindo lá pelas tantas da tarde. Acordei com o escuro pairando. Olhei o relógio. Eram quase oito da noite. Senti a barriga roncar, levantei ainda meio tonto, enrolei-me na toalha que havia se soltado e fui fazer uma boquinha; lembrei de ter passado o dia sem comer. Estava quase tudo escuro em casa. Não ouvi nenhum barulho. Pensei que ele tivesse saído ou estivesse dormindo. Peguei algumas coisas na geladeira e esquentei. Comi feito um lobo esfomeado. Antes de entrar no meu quarto uns quinze ou vinte minutos depois, percebi a claridade da tv ligada no quarto dele e da minha mãe, mas imaginei que ele devesse estar dormindo, pois não desceu com o barulho do micro-ondas. Permaneci por algum tempo na mesma posição, até a porta ser aberta e nós dois levarmos um susto. Fiquei envergonhado como nunca na vida. Ele ficou parado (usava apenas cueca naquele momento), olhando-me e, acho, esperando alguma explicação para aquilo. Gaguejando, eu disse pensar que ele estivesse dormindo, pois havia feito barulho na cozinha e ele não apareceu.-Lembra do que você me disse hoje pela manhã? Estou seguindo o que você pediu. Ah! Sua mãe ligou. Eu disse que estava tudo bem. Ela deixou-lhe um beijo. – Amenizou, mas continuou com a feição séria e fechada, com os braços cruzados.-Desculpe...-Suma da minha frente. Eu tenho mais o que fazer.Disse isso adentrou no quarto de novo e deixando-me com cara de otário no lado de fora. “Estava tudo voltando ao normal, pelo menos para ele”, eu imaginei. Nosso tratamento foi o mesmo de antes. Irado, retornei ao meu quarto batendo a porta com força fazendo o barulho ecoar casa a dentro. Tirei a toalha para vestir algo. A porta foi aberta de supetão:-Você não bata mais essa porra dessa...Meu padrasto parou de falar ao ver-me sem roupa. Percebi que ele perdeu o rebolado naquele momento; engoliu seco ficando com cara de idiota. Assustado, estiquei o braço e peguei a toalha enrolando-me.-Desculpe... Eu não sabia que... – disse totalmente embaraçado e com ar de sedento por ter-me visto sem roupa naquele momento.-Tudo bem... Não tem problema... – retruquei enquanto acabava de me enrolar de novo.-Eu vou... Vou dormir então...Felipe saiu fechando a porta. Eu desmontei e sentei na cama, nervoso, desconcertado, minhas pernas tremiam, meu coração batia acelerado. Eu pensei que ele fosse de novo tentar algo comigo. Pedi-me calma, respirei fundo. Procurei um short e vesti. Liguei a televisão, mas nada de bom passava, nem na tv por assinatura. Acho que nada naquele momento iria ser bom. Estava impaciente. Senti a garganta seca e fui tomar água. A porta do seu quarto estava encostada. O corredor, já com a luz principal apagada, permitiu-me perceber que a tv continuava ligada. Passei rápido, procurando não fazer barulho. Tomei uns dois copos. Meu coração disparado e a minha tremedeira fizeram-me pensar que estivesse passando mal. Sentei e respirei fundo. Minha boca ficou ressecada de novo. Eu não sabia o que fazer. Já trancado no quarto, não sei o motivo real, imaginei-o tocando punheta. Acho que agindo por instinto, abri a porta do quarto sem fazer barulho e, literalmente na ponta dos pés, pus-me próximo à porta tentando ouvir ao menos os gemidos, mas não ouvi nada. Com o corpo trêmulo, respirei fundo e abri a porta. Surpreso, Felipe ficou a olhar-me. Meu instinto deu-me coragem para dar o primeiro passo, sem as ordens dele que se levantou e veio na minha direção, com o cacete já em riste. Ao nos aproximarmos, ele pediu desculpas novamente e me beijou. Não precisei falar nenhuma palavra, ele sabia que estava perdoado. Senti-lo mais uma vez próximo a mim deixou-me de novo sem ação, sem pensamentos, sem neuras (hoje) bobas. Suas mãos ávidas percorriam meu corpo o máximo possível, até que ele colocou-me no colo levando-me à cama. Eu senti-o diferente naquela noite, talvez pela falta do álcool, meu padrasto estava mais romântico. Ficamos abraçados, nos olhávamos, trocávamos carícias mudas. Após alguns minutos, ele começou a conversar comigo. Só então eu entendi algumas coisas que aconteceram naqueles anos, mas tais revelações estão guardadas a sete chaves até hoje. Sei que são verdadeiras. Por mais de uma hora conversamos, dormimos abraçados por poucas horas. Acordei por volta de duas horas. Sentia frio. Puxei o cobertor e enrolei a nós dois. Tentava dormir novamente, mas ele acordou e, ainda espreguiçou-se, foi se chegando mais perto de mim. Empinei minha bunda para trás aconchegando-me melhor ao seu corpo viril. Acho que retribuindo minha ação, ele levou sua mão ao meu membro e ficou a senti-lo, acaricia-lo. Eu mais uma vez desejava-o todo em mim como na noite anterior. Ele era, de novo, meu dono naquele momento. Sem pedir licença ele foi procurando, com a mão no pau, meu ânus para penetrar-me e conseguiu - ele ficava de pau duro em poucos segundos, segundo ele era o tesão contido. Até hoje eu fico rindo quando lembramos das primeiras aventuras. Sua enterrada foi certeira, pois seu membro estava devidamente lubrificado pelo esperma que começava a ser expelido. Logo em seguida ele, sem tirar seu membro de dentro, pôs-me de costas na cama abrindo ainda mais minhas pernas fazendo-me gemer de prazer. O cobertor, jogado para o lado, revelou nossos corpos sedentos por sexo. Éramos governados por um estranho desejo ainda proibido. Não pensamos em nada, apenas aproveitamos cada segundo. A penumbra no quarto dava um toque de sedução aquele momento. Sua língua quente percorria meu pescoço. Sua boca aproximou-se da minha e o seu tórax ficou pesando sobre o meu. Permiti que a língua quente e sedenta do meu padrasto invadisse a minha boca. Com sua mão segurando meu pescoço, nosso beijo foi ficando mais forte e da mesma forma as estocadas que eu sentia. Já por cima dele, eu comecei a cavalgar naquele cacete gostoso. Suas mãos puxavam meus quadris para baixo fazendo-me gemer de dor e prazer. Ele me puxa e minhas costas ficam em seu peito; sou virado e depois ele pede que eu fique de costas na cama dizendo que gosta de gozar fazendo “Frango Assado”. Minhas pernas pousaram em suas nádegas e minhas mãos puxavam-no para mais junto de mim. Cada vez mais eu queria seu corpo junto ao meu. Suas mãos acariciavam meu rosto. Nossos olhares não se desviavam um só instante. Fechei os olhos quando ele, de uma só vez, penetrou-me de novo. Apertei seus braços suados. Por mais alguns minutos, gememos e falamos mais algumas baixarias. Ofegante, ele fez com que nossos sexos se encontrassem deixando um vazio em mim. Sua mão direita segurava os dois seguindo num ritmo gostoso e acelerado cada vez mais, o que me fez ir quase à loucura. Entre idas e vindas, subidas e descidas, corpos colados, jatos e jatos de um líquido quente e viscoso inundaram, ao mesmo tempo, nossos corpos, já molhados de suor.O silêncio voltou instantes depois. Ele jogou-se para o lado e ficou a olhar para o teto. Eu não sabia o que dizer. Ele muito menos. Levantei-me sentindo as pernas bambas e fui ao banheiro. Durante o banho, milhares de pensamentos passaram pela minha cabeça, mas a água fria impedia-os de seguir adiante. Enrolei-me na toalha e saí do banheiro apagando a luz. Deparei-me com a cama desforrada e vazia. Fechei os olhos, respirei fundo e voltei ao meu quarto. Fora um sonho de novo. Só isso explicaria aquela loucura. Mais uma vez meus pensamentos foram interrompidos por um vulto que parou na porta do quarto. Ele voltara. Meu padrasto deitou-se ao meu lado sem nada dizer ou pedir. Apenas abraçou-me novamente...Charles Júnior

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